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Setembro Dourado é um mês dedicado à conscientização sobre o câncer infantojuvenil, uma iniciativa que busca alertar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para o crescente número de crianças e adolescentes afetados pela doença.
O objetivo principal é sensibilizar pais, educadores e profissionais de saúde sobre a importância do diagnóstico precoce, que pode aumentar significativamente as chances de cura.
Em 2016, o Brasil introduziu o Setembro Dourado como um mês de conscientização, alinhando-se a outras campanhas globais que buscam a saúde e o bem-estar das crianças. Desde então, diversas ações foram realizadas em todo o país, envolvendo instituições de saúde, escolas e organizações não governamentais.
Neste artigo, abordaremos os dados mais recentes sobre o câncer infantojuvenil, os tipos mais comuns, a importância do diagnóstico precoce e os desafios enfrentados por crianças e suas famílias, que representa um desafio significativo à saúde pública no Brasil e no mundo.
O câncer infantojuvenil refere-se a tumores malignos que afetam crianças e adolescentes com idades entre 0 e 19 anos. Embora o câncer em geral seja frequentemente associado a adultos, é importante considerar que ele também afeta a população jovem, sendo uma das principais causas de morte por doença nesta faixa etária.
O diagnóstico precoce é crucial para o sucesso do tratamento do câncer infantojuvenil. Estima-se que cerca de 80% das crianças e adolescentes diagnosticados precocemente podem ser curados, e a maioria deles terá uma boa qualidade de vida após o tratamento.
Conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer já é a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil, representando cerca de 8% do total de óbitos nessa faixa etária. O INCA estima que cerca de 12 mil novos casos de câncer infantil sejam relatados anualmente no Brasil.
Entre esses novos casos, a distribuição é aproximadamente 4,2 mil em meninos e 3,7 mil em meninas.
A taxa de sobrevivência para crianças com câncer varia entre 41% a 60%, dependendo do tipo e do estágio em que a doença é diagnosticada.
Os tipos de câncer mais frequentes entre crianças e adolescentes incluem:
Leucemias: Representam a maior parte dos casos, especialmente a leucemia linfoblástica aguda (LLA).
Tumores do Sistema Nervoso Central: Incluem gliomas e meduloblastomas, que afetam o cérebro e a medula espinhal.
Linfomas: Acometem o sistema linfático e são comuns entre adolescentes, com destaque para o linfoma de Hodgkin.
Neuroblastoma: Tumor que se origina nas células do sistema nervoso periférico, frequentemente encontrado em crianças pequenas.
Retinoblastoma: Um tipo de câncer ocular que afeta a retina, mais comum em crianças pequenas.
Tumor de Wilms: Tumor renal que geralmente ocorre em crianças.
Osteossarcoma e Sarcomas: Tumores ósseos e de partes moles que podem afetar adolescentes.
O diagnóstico precoce é crucial para aumentar as chances de cura e melhorar a qualidade de vida das crianças afetadas. Sinais de alerta incluem:
Identificar esses sintomas precocemente pode fazer uma diferença significativa no tratamento e na recuperação.
O câncer infantojuvenil apresenta uma série de desafios e necessidades, veja algumas delas:
A falta de conhecimento sobre os sinais de câncer infantil pode levar a diagnósticos tardios, impactando níveis de taxas de sobrevivência.
É fundamental que tenha um aumento no acesso a centros especializados em oncologia pediátrica para garantir que as crianças recebam o tratamento adequado.
O suporte emocional e financeiro é essencial para as famílias que enfrentam o câncer infantojuvenil. Muitas vezes, os tratamentos desabilitam mudanças e custos que podem ser um fardo significativo.
Uma inovação promissora no tratamento do câncer infantojuvenil é a tecnologia IceCure, que traz novas esperanças para o tratamento de pequenos tumores iniciais (I e II).
A crioablação, método utilizado pelo IceCure, utiliza temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir células cancerígenas de forma minimamente invasiva. Essa abordagem não apenas reduz o tempo e o tempo de recuperação, mas também oferece uma alternativa eficaz para o tratamento de tumores que, de outra forma, poderiam exigir intervenções cirúrgicas mais agressivas.
Com a aplicação do IceCure, esperamos que mais crianças possam ter acesso a tratamentos menos invasivos e com melhores resultados, aumentando as chances de cura e preservando a qualidade de vida.
O câncer infantojuvenil é uma questão de saúde pública que requer atenção especial. Com a implementação de políticas de saúde eficazes, diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível melhorar as taxas de sobrevivência e a qualidade de vida das crianças afetadas. A conscientização e a educação sobre a doença são fundamentais para garantir que mais crianças tenham acesso ao tratamento necessário.
Neste Setembro Dourado, vamos nos unir na luta contra o câncer infantojuvenil, promovendo a conscientização e o apoio necessário para as crianças e suas famílias. Juntos, podemos fazer a diferença!
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