Receber qualquer diagnóstico prostático pode ser assustador e automaticamente associado ao câncer, mas não é bem assim.
O diagnóstico de Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), por exemplo, atinge a mesma glândula, mas não está ligada ao câncer.
Essas duas doenças possuem o desenvolvimento, sintomas e tratamento bem distintos, mas mantêm um fato em comum, ambas precisam de acompanhamento urológico frequente.
A próstata é uma glândula que faz parte do sistema reprodutor masculino e fica localizada acima do reto, logo abaixo da bexiga, envolvendo o canal da uretra (responsável por transportar a urina e o sêmen).
Essa glândula é bem pequena quando criança e cresce ao longo da vida, variando de 4 a 6 centímetros conforme a idade, e aumentando significativamente em homens mais velhos.
Uma cápsula de tecido conjuntivo que contém fibras musculares envolve a glândula, fazendo com que ela pareça elástica ao toque.
Os cientistas costumam categorizar a próstata em quatro zonas que circundam a uretra como camadas, começando com a cápsula externa e terminando dentro da próstata:
Zona anterior: Feita de tecidos musculares e fibrosos, conhecida por zona fibromuscular anterior.
Zona periférica: Situada principalmente na parte de trás da glândula, é onde fica a maioria do tecido glandular.
Zona central: envolve os ductos ejaculatórios e representa cerca de 25% da massa total da próstata.
Zona de transição: Esta é a parte da próstata que envolve a uretra. É a única parte que continua a crescer ao longo da vida.
Podemos dizer que ao todo ela pesa cerca de 20 a 30 gramas, com a aparência de uma noz, ou uma castanha portuguesa, como relatam alguns estudos médicos. É possível sentir a próstata colocando um dedo no reto e pressionando em direção à frente do corpo.
A função primária da próstata é produzir e armazenar o fluido prostático, que contém componentes que tornam o sêmen uma substância ideal para os espermatozoides viverem, incluindo enzimas, zinco e ácido cítrico.
O líquido prostático contribui para 20-30% de fluido para o volume total do sêmen, que se junta ao líquido seminal produzido pelas vesículas seminais (50-65%) e aos espermatozoides (5%) produzidos nos testículos.
Essa união é responsável por nutrir, proteger e facilitar a locomoção dos espermatozoides.
Uma enzima importante produzida é o antígeno prostático específico (PSA), que ajuda a tornar o sêmen mais fino e fluido. Essa fluidez ajuda o esperma a percorrer a uretra e sobreviver à jornada em direção ao óvulo, essencial para a reprodução.
A Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP), é o aumento do volume da glândula da próstata, e também uma das doenças mais frequentes nos homens.
É resultado do aumento do número de células, que ocorre durante toda a vida dos homens, mas principalmente na terceira idade.
A presença elevada de testosterona, as dietas ricas em gordura e o histórico familiar também favorecem o desenvolvimento de HBP. Por isso, a partir dos 50 anos, recomendamos realizar o check-up anual de exames, incluindo o exame de toque retal para detecção de doenças na próstata.
Ela se desenvolve em especial na zona de transição, que fica mais perto da uretra. Como consequência, a glândula comprime esse canal, causando sintomas como:
Urgência miccional (vontade forte e repentina de urinar)
Redução da força do jato urinário
Precisar fazer força para urinar
Micção frequente
Vontade de urinar durante a noite
Sensação de que a bexiga não foi esvaziada completamente após urinar
Estima-se que 50% dos homens com mais de 50 anos apresentaram algum grau da doença ao longo da vida.
Apesar de precisar de cuidados, a hiperplasia prostática benigna não está associada ao câncer de próstata, nem aumenta as chances de o paciente desenvolver um tumor.
No entanto, é possível acontecer do paciente apresentar os dois problemas simultaneamente.
O câncer de próstata é o segundo tipo de tumor que mais atinge os brasileiros, sendo mais frequente entre os homens com mais de 65 anos. Porém, mesmo os mais jovens estão sujeitos a desenvolver a doença, principalmente se estiver relacionado a fatores de risco, como: Má alimentação, histórico familiar da doença (pai, irmão, avô ou tios), tabagismo, sedentarismo, obesidade ou alterações genéticas (como mutações nos genes BRCA1 E BRCA2).
Um fator importante sobre problemas nessa região, é que são silenciosos, não apresentam sintomas nos estágios iniciais, e mesmo quando apresentam pequenos sintomas, os homens tendem a ignorar ou demorar para procurar um médico especialista, muitas vezes por vergonha.
Quando os sintomas começam a aparecer, geralmente o câncer já está em estágio avançado e consequentemente se torna mais complexo de ser tratado e curado. É essencial manter os exames de rotina em dia para cuidar de qualquer incômodo.
Assim como na HPB o tumor também pode afetar a uretra e por isso os sintomas podem ser parecidos, mas nos casos de câncer o sangue na urina é um dos sinais que diferenciam as doenças.
A principal diferença entre HPB e o Câncer de Próstata está no tratamento. O câncer é tratado de forma mais invasiva, com cirurgia, radioterapia, hormonoterapia, imunoterapia, por exemplo, a hiperplasia prostática benigna pode ser tratada com cirurgias menos invasivas e até mesmo medicamento para retenção urinária.
Ambas as enfermidades podem causar alterações nos níveis de PSA, o que faz desse exame ineficaz para diferenciar os problemas em um diagnóstico. Por isso, o exame de toque retal é imprescindível para verificar o aumento da próstata, tamanho e também sua consistência e textura.
Quanto antes o problema for descoberto e diagnosticado, melhores serão as chances de resultados positivos do tratamento e cura da doença em estágio inicial.
Em breve teremos uma nova tecnologia disponível na área médica brasileira, vinda diretamente de Israel para possibilitar mais uma opção de tratamento contra tumores cancerígenos.
O IceCure é baseado no sistema ProSense™, que utiliza a crioablação por Nitrogênio Líquido em baixíssimas temperaturas (-170º) para congelar tumores em estágio
inicial I e II de tumores benignos e malignos.
A indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, como estado de saúde atual, estadiamento da doença e expectativa de vida.
A qualquer sinal de desconforto, procure um médico de confiança e mantenha o check-up anual de saúde em dia.
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