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COMO IDENTIFICAR SE ESTOU COM PROBLEMAS RENAIS?

Por: Letícia Watanabe e Lian Pessoa

5 minutos de tempo de leitura

Como identificar algum problema nos rins, se geralmente as doenças renais se desenvolvem de forma lenta e praticamente assintomática?

Costumamos pensar que se algo está errado em nosso corpo, ele logo nos dará um sinal claro, mas nem sempre é assim, quando se trata de problemas renais nosso corpo suporta o mau funcionamento até que quando o paciente nota os primeiros sintomas e decide procurar ajuda, geralmente a doença já está em um grau avançado. Por isso, é importante ficar atento e saber identificar problemas renais.

 

 

Estimativas apontam que 10 milhões de brasileiros sofrem de algum grau de disfunção renal e cerca de 100 mil brasileiros fazem diálise no país.

 

Apesar de já termos previsão para a chegada do LiberDi (uma clínica de diálise digital e portátil) no Brasil, é muito importante conhecer os principais problemas aos quais nossos rins estão expostos, para instruir, prevenir e até motivar os melhores cuidados possíveis.

 

Os rins estão localizados em ambos os lados da coluna vertebral, atrás das últimas costelas e medem aproximadamente 12 centímetros; são fundamentais especialmente pela eliminação de toxinas do sangue por um sistema de filtração, e também controlam o delicado balanço químico e de líquidos do corpo.

 

Os rins também regulam a formação do sangue e dos ossos e mantém a pressão sanguínea equilibrada, por isso é imprescindível ficar alerta para mantê-lo saudável.

 

Algumas doenças como diabetes mellitus, hipertensão arterial ou glomerulonefrites, sendo a inflamação dos pequenos filtros nos rins (glomérulos), sobrecarregam o seu funcionamento e ajudam na progressão de doenças renais. Portanto, se o paciente já foi diagnosticado com alguma dessas doenças, será necessário manter um acompanhamento rigoroso dos exames de sangue e urina e também tratar a causa raiz do problema.

Como identificar se estou com problemas renais?

Geralmente os primeiros sintomas notados pelos pacientes são dores, espuma ou mudanças na urina, mas você deve ficar alerta a qualquer dos sintomas que listamos abaixo e caso perceba algum deles procure um médico para obter um diagnóstico.

 

 

1. Ardência ou dor ao urinar;

2. Necessidade de urinar várias vezes;

3. Redução do volume de urina;

4. Urina turva, com espuma ou sangue;

5. Mudança na cor e no cheiro da urina;

6. Interrupções no fluxo da urina, lentidão;

7. Escape de gotículas após urinar;

8. Dor nas costas abaixo das costelas;

9. Perda de apetite e sabor metálico na boca;

10. Náusea e vômito;

11. Fadiga, fraqueza e insônia;

12. Coceira e pele seca;

13. Contrações musculares e cãibras;

14. Hipertensão refratária;

15. Inchaço;

16. Anemia com palidez;

17. Aumento de peso;

18. Diminuição da libido e dificuldade para ereção (em homens);

19. Alterações no ciclo menstrual (em mulheres).

Quando os rins estão danificados, progressivamente ele irá filtrar pouco e lentamente, portanto pode não conseguir excretar o excesso de líquidos, que causa desequilíbrio de eletrolíticos e fósforo, eleva o potássio e baixa os níveis de cálcio, podendo causar muitos desses sintomas, que, aliás são facilmente confundidos com outras patologias, por isso atenção aos tópicos a seguir:

 

O inchaço principalmente nos pés, tornozelos e coxas, podem ser devido ao excesso de sal e líquidos no corpo ou pela perda de proteína pela urina. O rosto e principalmente ao redor dos olhos também costumam inchar.

 

A principal causa da insuficiência renal aguda é a redução do fluxo sanguíneo para o rim, que pode ocorrer devido à desidratação, choque cardiogênico ou uso inadequado de alguns remédios, como antibióticos ou anti-inflamatórios.

 

Devido à localização dos rins e também pelo sintoma “dor nas costas” é possível confundir os sintomas com uma dor lombar ou uma lesão muscular. 

Ao procurar um médico, dê preferência a um nefrologista especialista em rins. Certifique-se de realizar os exames necessários, se o paciente já estiver no hospital ou internado provavelmente será rapidamente diagnosticado, do contrário, questione e solicite alguns exames básicos, como:

 

  • Medições da produção de urina
  • Exames de urina, para medir a taxa de filtração glomerular e a perda de proteína;
  • Exames de sangue, para medir a creatinina, um dos indicativos que avalia a função dos rins;
  • Exames de imagem
  • Biópsia dos rins

Os exames de imagem, como ultrassonografia do aparelho urinário, são para verificar as estruturas internas dos órgãos; e tomografia computadorizada para casos específicos, porém importantes para identificar o grau e tipo da doença.

 

A remoção de uma amostra de tecido de rim para o teste em laboratório é chamada de biópsia, solicitada em casos mais avançados.

 

Então, quanto antes for diagnosticado, antes poderá ser tratado, fique alerta mesmo aos pequenos sintomas.

 

Veja a seguir os problemas renais mais comuns entre os brasileiros:

Pedra nos rins: Pode ser chamado também de Cálculo Renal, formações endurecidas de toxinas nos rins ou nas vias urinárias, o acúmulo de pequenas pedras no interior do rim podem dificultar a passagem da urina até a bexiga e pode resultar no acúmulo de cristais que causam dor ao urinar ou se mexer.


Os grandes causadores das pedras nos rins são as seguintes:


  • Volume insuficiente de urina, ou urina supersaturada de sais;
  • Grande quantidade de cálcio, fosfatos, oxalatos, cistina, ou falta de citrato;
  • Distúrbios metabólicos do ácido úrico ou da glândula para tireoide;
  • Alterações anatômicas;
  • Obstrução das vias urinárias.

Cistos nos rins: Os cistos são bem mais comuns do que imaginamos, tendem a ser mais frequentes com o avançar da idade. Essas lesões são geralmente arredondadas, como bolhas que ficam cheias de líquido claro, que quando ficam muito grandes causam dor nos rins.


O cisto pode ter causa genética, ou surgem pela obstrução de alguns dos milhares de ductos responsáveis e necessários pela filtragem do sangue e produção de urina.


Doença policística renal: Rins policísticos, ou doença renal policística (PKD, sigla de Polycistic Kidney Disease) leva ao surgimento de vários cistos no rim, formando inúmeras dilatações que se parecem com bolhas de tamanhos desiguais no néfron ou nefrônio, dificultando a filtragem dos rins.


A doença renal policística independe da idade, sexo ou etnia e geralmente tem causa genética e hereditária, porém, pode ser provocada pela mutação espontânea do gene, que passa a ser transmitido para as futuras gerações.


Hidronefrose: A dilatação ou o inchaço nos rins pode surgir quando a urina não consegue passar até à bexiga e então se acumula no interior do rim. Os primeiros sintomas incluem vontade de urinar repentina e frequente.


Para identificar o grau de hidronefrose, é necessário realizar exames de imagem e independente do grau, é interessante evitar comer alimentos com níveis mais altos de potássio, como carne vermelha, laticínios, abacate, banana, batata-doce ou beterrabas.


Insuficiência Renal: Quando há um diagnóstico de insuficiência renal é quando um dos rins ou ambos possuem lesões que impedem o seu funcionamento.


A insuficiência renal pode ser aguda (IRA), quando ocorre a perda da função de forma súbita, e também pode ser crônica (IRC), quando esta perda é lenta, progressiva e irreversível.


Infecções renais: Cistite, uretrite e pielonefrite são tipos de infecções urinárias causadas por bactérias, que chegam até ao rim através das vias urinárias ou através do sangue, sendo mais comum em mulheres e manifestando sintomas como calafrios, febre, náusea, vômitos e dor de costas.


Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, uma em cada quatro mulheres vai ter cistite no decorrer da vida, uma das razões que podem favorecer a infecção é por ter a uretra mais curta e bastante próxima do introito vaginal e do ânus, além de predisposição genética, onde alterações nas células que revestem o tecido urinário tem menor capacidade para prevenir infecções.


Lesão renal aguda: Perda súbita da capacidade dos rins de filtrar resíduos, sais e líquidos do sangue. Quando há uma lesão renal aguda, os níveis dos resíduos tóxicos podem chegar a níveis perigosos e prejudicar o equilíbrio da composição química do sangue.

Manifesta-se principalmente em pessoas que se encontram internadas na UTI, pessoas com antecedentes de problemas renais ou idosos.


Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, diálise peritoneal é uma das opções de tratamento para pacientes que apresentam quadros de insuficiência renal aguda ou crônica, mais de 70% dos pacientes que chegam a necessitar de diálise (tratamento que substitui a função dos rins) descobrem a insuficiência renal tardiamente e segundo o Censo Brasileiro de Nefrologia afirma que existam mais de 120 mil pacientes que precisam de diálise no Brasil.


A diálise permite substituir as seguintes funções dos rins:


  • Eliminação de líquidos
  • Controle de ácido-base
  • Eliminação de potássio
  • Eliminação de restos do metabolismo proteico.


No intuito de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, a KTR Medical foi em busca de inovação tecnológica na área médica e em breve teremos mais uma opção de tratamento que já está beneficiando a vida de muitas pessoas no mundo!


O LiberDi é uma Clínica Digital de Diálise portátil que está devolvendo a liberdade de centenas de milhares de pessoas que recebiam diálise renal em clínicas e hospitais em uma rotina incessante e cansativa.


Estamos trazendo em breve mais essa tecnologia para ajudar tantas pessoas que sofrem hoje com o tratamento convencional a terem uma qualidade de vida melhor, tanto para quem faz o tratamento como para todos os que estão acompanhando essa batalha.




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