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O FUTURO DOS TRATAMENTOS DA KTR MEDICAL

Por: Letícia Watanabe e Lian Pessoa

5 minutos de tempo de leitura

Quem trabalha com tecnologia ou está a frente de uma clínica, ou hospital, precisa estar atualizado nas perspectivas e inovações da tecnologia em tratamentos médicos em 2022, 23 e no futuro da área da saúde.

Inovação em tratamentos significa encontrar novas formas de trabalhar, prestar serviços ou integrar as tecnologias em exames, diagnósticos, sala cirúrgica e no dia a dia de médicos e pacientes.

 

O objetivo é melhorar a qualidade do sistema de saúde, enquanto se reduzem os desperdícios e os custos.

 

Nanomedicina, Inteligência Artificial, Realidade Virtual, transporte de órgãos por drones e muitas outras tecnologias têm nos deixado, surpresos com a rápida mudança em nosso dia a dia.

 

São consideradas tecnologias em saúde: medicamentos, materiais, equipamentos e procedimentos, sistemas organizacionais, educacionais, de informações e de suporte, e programas e protocolos assistenciais, por meio dos quais a atenção e os cuidados com a

saúde são prestados à população. Segunda a Política Nacional de Gestão de

Tecnologias em Saúde, pelo Ministério da Saúde.

 

Um dos objetivos da atenção a essa prática política é maximizar os benefícios de saúde a serem obtidos com os recursos disponíveis, assegurando o acesso da população a tecnologias efetivas e seguras, em condições de equidade.

 

Nós da KTR sempre enxergamos pelo prisma da saúde, voltar todo o poder da tecnologia para salvar vidas, por novas formas de tratamento!

 

Segundo um levantamento realizado pela Accenture, 91% dos hospitais brasileiros estão conectados à internet, número bastante superior à média da população. Enquanto isso, cerca de 61% dos médicos já utilizam instrumentos de tecnologia para o atendimento aos pacientes e 38% usam ferramentas eletrônicas de gestão.

 

O crescimento contínuo dos gastos em saúde, a produção crescente de novas tecnologias e as mudanças no perfil epidemiológico das populações ocorridas nas duas últimas décadas, leva a necessidades diversificadas de atenção. Dessa forma, se faz social e politicamente necessário desenvolver mecanismos de articulação entre os setores envolvidos na produção, incorporação e na utilização de tecnologias nos sistemas de saúde.

Nanomedicina

A Nanomedicina aplica a nanotecnologia nas ciências médicas, por exemplo, para combater uma infecção bacteriana ou viral que consistirá de uma injeção de talvez alguns centímetros cúbicos de nanorrobôs de tamanho mícron suspensos em fluido (provavelmente uma suspensão de água ou soro fisiológico). Cada espécie de nanorrobô médico será projetada para realizar uma tarefa específica, e muitas formas e tamanhos são possíveis.

 

A Inteligência Artificial (IA) é uma realidade utilizada para avaliar exames de imagem, como radiografias, mamografias e tomografias. Com ela é possível encontrar padrões e identificar anomalias em exames, tornando os diagnósticos dos pacientes mais precisos e isso ocorre a partir dos recursos digitais.

Cirurgia computadorizada

Chamamos de cirurgia computadorizada os diversos procedimentos realizados com o auxílio da tecnologia da informação. Como computadores, câmeras e braços robóticos usados em diferentes métodos cirúrgicos.

 

Essas ferramentas permitem total visualização de órgãos e estruturas, gerando imagens externas em computador para que o profissional consiga guiar os instrumentos de maneira precisa, realizando procedimentos menos invasivos e mais seguros para os pacientes.

 

Crioablação minimamente invasiva

 

A próxima inovação tecnológica que será aprovada ainda nos próximos meses pela ANVISA vem diretamente de Israel para o Brasil e é chamada de IceCure.

 

Adequamos toda a documentação para o cenário nacional assim como foi feito em muitos outros países para autorizar a utilização do tratamento com o IceCure, mas antes disso fizemos um estudo minucioso para entender o quanto essa nova tecnologia poderia melhorar a qualidade de vida e realmente causar um ótimo impacto social, não só para os pacientes como também para médicos e hospitais.

 

Os resultados das pesquisas foram mais do que satisfatórios, pois o sistema ProSense™ é a tecnologia base utilizada pelo IceCure e é uma solução comprovada para o tratamento de tumores benignos e malignos em fase inicial, I e II nas mamas, pulmões, bem como câncer renal, pulmonar e ósseo.

 

O dispositivo é uma unidade portátil com uma sonda ultra fina e exclusiva, que é inserida no tumor, guiado por tomografia computadorizada (‘CT’) ou ultra-som. O Nitrogênio Líquido (LN2) é bombeado através da sonda e controlada pelo médico por um circuito fechado que gera temperatura abaixo de zero, para transformar o tumor em uma bola de gelo, destruindo as células doentes em um ciclo de congelamento-descongelamento-congelamento sem danificar o tecido saudável adjacente.

 

Só com apenas um produto já é possível entender o quanto a tecnologia favorece a realização de procedimentos com maior segurança e precisão, as inovações reduzem a possibilidade de erros e aumentam as chances de cura dos pacientes, com soluções bem menos invasivas mesmo em situações mais graves.

 

O equipamento todo envolve diversos tipos de avanços, seja no software que pode ser atualizado conforme novas invenções são desenvolvidas, no aparelho fácil de manusear, ou na tela que acompanha em tempo real o que acontece durante todo o procedimento.

 

O sistema ProSense™ vem tratando com sucesso fibroadenomas, a forma mais comum de tumores benignos de mama que afeta quase 10% das mulheres, em ensaios clínicos desde 2012. A Sociedade Americana de Cirurgiões de Mama (‘ASBrS’) concluiu em um comunicado de imprensa datado de 29/04 /2021 – “a crioablação é um tratamento promissor e de alto valor para certas formas de câncer menos agressivos”.

 

Em 2014 começou um ensaio clínico ICE3 para a crioablação de pequenos tumores de câncer de mama de baixo risco e após três anos de estudo os resultados constataram algumas porcentagens interessantes, veja:

 

Após o tratamento com ProSense™ , apenas 4 dos 194 participantes elegíveis (2,06%) tiveram recorrência do câncer, em média de 34 a 83 meses, com significância estatística (nível de confiança) de 95%.

 

Realizado em 19 hospitais e centros médicos nos EUA, incluindo o Columbia University Medical Center e o Mount Sinai Beth Israel, o estudo ICE3 envolveu 194 pacientes com 55 anos ou mais com idade média de 75 anos e mamas de baixo risco em estágio inicial, tumores cancerosos medindo até 1,5 cm.

 

Dependendo do tamanho e localização do tumor, a duração do tratamento variou entre 20 e 40 minutos, sem nenhuma incisão cirúrgica ou cicatriz. A crioablação ProSense™ também proporcionou maior satisfação do paciente (95%) e do médico (98%) com custos mais baixos e nenhum evento adverso significativo relacionado ao dispositivo.

 

Decidimos acelerar a disseminação da inovação na área e com isso instruir médicos e pacientes sobre novas formas de tratamento.

 

Ainda que necessitem de um investimento inicial, depois de um tempo essas ferramentas podem trazer uma significativa redução de custos. Dessa forma, as instituições podem aumentar a sua margem de lucro, mas ainda mais importante, mais pacientes podem ter acesso a procedimentos e métodos modernos.

 

O estudo ICE3 valida o ProSense™ como um dispositivo de crioterapia seguro e eficaz para tumores de baixo risco. A IceCure também já está desenvolvendo um sistema multi-sonda adicional chamado sistema MultiSense, que conseguirá congelar vários tumores simultaneamente ou tumores maiores.

Impressão 3D

A impressão 3D é utilizada em diferentes áreas como indústrias e na arquitetura e recentemente está sendo utilizada também pela área médica, que desenvolve modelos de órgãos e estruturas do corpo humano que permitem melhor visualização das partes internas do corpo para entendimento de anomalias e até tumores.

 

As impressões 3D ainda são mais usadas em caráter experimental, no entanto, acredita-se que em breve será possível imprimir órgãos artificiais que possam ser transplantados, o que pode significar uma grande revolução na medicina para aqueles que ficam meses e até anos na fila sem muitas perspectivas.

Teleatendimento

Com a Pandemia da Covid-19 ficou impossível adiar a popularização do teleatendimento ou atendimento virtual. As consultas médicas virtuais já viraram rotina entre os brasileiros, onde em algumas situações podem ser feitas a distância, gerando inúmeros benefícios para quem tem dificuldade com a locomoção.

 

Com o teleatendimento é possível oferecer uma experiência até melhor ao paciente, com mais agilidade, pontualidade e gestão de tempo. Não são todas as especialidades que se enquadram nessa modalidade, mas em algumas áreas os resultados são muito favoráveis, como na Psiquiatria, por exemplo.

 

Os recursos tecnológicos podem fazer com que os médicos prestem um atendimento muito mais ágil e humanizado.

 

A internet das coisas também já está presente na medicina e é uma das tendências de tecnologia para 2022 e continuará mais presente na área da saúde em 2023.

 

No assunto atendimento digital, um ótimo exemplo vem com a tecnologia LiberDi que atinge diretamente quem precisa realizar diálises como tratamento para doenças renais crônicas, o LiberDi é uma clínica de diálise digital e portátil e o primeiro no mundo a possuir uma Assistente Inteligente de Diálise, a “IDA”, que realizará trocas automáticas de Diálise Peritoneal de Ciclo Único, garantindo a segurança e o monitoramento do paciente em todos os momentos.

 

Acreditamos na “IDA” da LiberDi, por ser uma assistente inteligente que permite que os cuidadores tenham total confiança de que seus pacientes estão sendo tratados com segurança e cuidados com precisão durante todo o tempo em que estão na diálise peritoneal.

 

O futuro da KTR Medical está voltado para acelerar e otimizar o tempo de diagnósticos laboratoriais, que como todos bem sabemos, são imprescindíveis para um tratamento eficaz e adequado.

Tecnologia 5G

Já conhecida como a nova geração da internet, a tecnologia 5G trará uma série de benefícios também para a área da saúde, como velocidade e agilidade para os serviços de telemedicina, laudos a distância, acessar o prontuário do paciente antes da consulta e evitar o desgaste de contar o mesmo histórico várias vezes.

 

No entanto, ainda há avanços tecnológicos que vão além e funcionam mesmo sem a conectividade com a internet, como, por exemplo, o RevDx, que em breve estará disponível no Brasil, para realizar testes de microscopia automática com resultado digital em apenas 5 minutos.

 

O RevDx é uma verdadeira revolução na velocidade do diagnóstico, uma solução laboratorial digital, móvel, portátil e segura que realiza um hemograma completo e fornece o resultado após a coleta de apenas uma gota de sangue.

 

Todo o sistema é composto por tecnologias inovadoras, o kit para coleta é descartável e acessível para preparação de amostra de sangue em uma única etapa, onde o próprio dispositivo se mostra extremamente fácil de usar.

 

Separamos algumas tecnologias que o próprio dispositivo possui, como: Microscopia óptico-mecânica automática independente de operador, conectividade e eletricidade.

 

Canais de detecção biológica para indicações adicionais e conclusão dos resultados dos testes, que apoiam uma decisão mais precisa, já está sendo adicionada, antes que chegue até nós, mas também permanecerá flexível para que outros canais possam ser incorporados no aparelho em uma fase posterior, sem que precise ser trocado para isso.

 

A “segunda camada” do dispositivo são as ferramentas de análise de software baseadas em processamento de imagem e Inteligência Artificial (IA) para permitir um hemograma completo, incluindo níveis e diferenciais de hemoglobina.

 

O RevDx permitirá que o médico tome decisões rápidas e muito mais precisas mesmo em momentos corriqueiros como a prescrição de antibiótico somente se necessário. O estresse do paciente é reduzido devido ao uso de uma picada na ponta do dedo sem a necessidade de uma punção venosa dolorosa e também por não precisar aguardar longas horas ou dias pelo resultado, que ficam disponíveis imediatamente de forma digital.

 

O sistema de dados do RevDX é baseado em geolocalização “RevDx MapIT©” que permitirá o controle de gerenciamento de casos em tempo real, medições de impacto, vigilância epidemiológica, pesquisa de novos medicamentos e muito mais. Outra inovação está no big data de imagens de microscopia digital, que abrirá mais áreas para diagnóstico e pesquisa à medida que o ecossistema dos parceiros crescem.

De qualquer forma, a conectividade deverá estar ainda mais presente nos hospitais e estabelecimentos de saúde em 2023.

 

Clínicas, hospitais, farmácias e até mesmo as ambulâncias devem se preparar para ter acesso à conectividade ou a aparelhos que funcionem mesmo em emergências sem rede de internet.

 

Recursos como a telemedicina, o monitoramento de pacientes em tempo real, bem como os próprios softwares de gestão e prontuários digitais já estão se tornando uma realidade.

Hiper automação

A hiper automação pode ser definida como a união de tecnologias, como a inteligência artificial e machine learning, para automatização de processos.

 

Com a agilidade operacional através de sistemas integrados, as atividades diárias da área da saúde, como, documentação, financeiro, logística, recursos humanos, entre tantas outras, são desempenhadas de forma sincronizada, na execução de tarefas padronizadas e repetitivas por meio de softwares e aplicativos, no intuito de evitar falhas.

 

Prontuários digitais, assinatura biométrica, serviços de recepção digital, são apenas alguns exemplos das tendências que só aumentam, e como você pode imaginar, será necessário ter um armazenamento seguro e suficiente para todos os dados de pacientes que precisam estar disponíveis em alguns cliques, por isso o armazenamento de dados em nuvem já é uma realidade há alguns anos, mas deve ganhar ainda mais espaço em 2023.

 

A ideia é que os sistemas usados nas clínicas e nos hospitais não armazenem os seus dados em datacenters locais, mas sim na nuvem. Assim, se tem mais segurança e acessibilidade em qualquer local.

LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados

Investir em recursos que proporcionem proteção de dados e privacidade aos pacientes não, é algo para o futuro, a nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) já está em vigor, portanto, para evitar penalidades, como a multa que pode chegar a 2% do faturamento total da empresa, com limite de R$ 50 milhões, as instituições de saúde devem se adaptar à legislação.

 

A LGPD exige que se tenha consentimento de terceiros, como pacientes, funcionários e parceiros, para manter os seus dados guardados no estabelecimento, entre outras exigências que devem ser acompanhadas de perto por profissionais especializados.

Segurança cibernética

Investir em segurança cibernética é extremamente importante também para cumprir a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), para que os dados armazenados nas instituições de saúde não sejam vazados para terceiros. Os sistemas de segurança, como os softwares criptografados, evitam que hackers acessem ou saquem as informações sigilosas da empresa.

 

As tecnologias na medicina favorecem a obtenção de diagnósticos e a realização de procedimentos com maior segurança e precisão. Isso reduz a possibilidade de erros e aumenta as chances de cura dos pacientes, mesmo em situações mais graves.

 

Ainda que necessitem de investimento inicial, após pouco tempo essas ferramentas podem trazer uma significativa redução de custos, beneficiando as instituições que podem aumentar a sua margem de lucro, mas ainda mais importante, possibilita que mais pacientes tenham acesso a procedimentos e métodos modernos.

 

Todos esses avanços na tecnologia representam um ganho de eficiência, permitindo que os gestores e profissionais voltem seu foco para o fundamental, o atendimento aos pacientes.

 

O fato é que a tecnologia na medicina é uma realidade que tende a ganhar cada vez mais espaço. Por isso, é importante acompanhar todas as tendências da área e se manter atualizado sobre o assunto para prestar sempre o melhor atendimento possível.

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FONTE: Site INCA e OMS

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